Quando, aos domingos, enfiava o nariz pela porta da cozinha entreaberta e perguntava:
- O que é hoje o almoço?
Havia sempre alguém que respondia o que eu já sabia que iria responder:
- Línguas de
perguntador!
E só quando a travessa chegava à mesa é que o mistério se resolvia (e na altura não me passava pela cabeça, nem a mim nem a ninguém da família, que um dia haveria de me tornar mesmo num
perguntador e ganhar a vida disso). Alguém da família trazia a travessa para a mesa, cheirosa e fumegante, e às vezes anunciava, porque sabia que isso me faria sorrir:
- Hoje o almoço é
chassado!
Sendo que
chassado significava peixe assado. Também me lembro da primeira vez em que, um tanto a medo – era míudo e os míudos só estavam autorizados a copos de leite, água e refrigerantes - perguntei se havia café para o pequeno-almoço.
- Não. Há
cafú.
-
Cafú?
- Sim, aquilo não é bem café, é
cafú…
E depois percebi que se tratava apenas de um café de saco muito aguado. Ao almoço já havia café a sério.
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