Glória Fácil...

...para Ana Sá Lopes (asl), Nuno Simas (ns) e João Pedro Henriques (JPH). Sobre tudo.[Correio para gfacil@gmail.com]

sexta-feira, dezembro 19


Greves na TAP
"Adesão superior a 100%", sustenta o SITEMA


O título é assombroso e seria o "paraíso" dos sindicatos de todo o mundo.
Uni-vos!!

Está na edição "on-line" do Expresso.






|| portugalclassificado, 18:31 || link || (2) comments |

quarta-feira, dezembro 3

Relativismos bons e relativismos maus

Os que (ainda) apoiam tanto a invasão do Afeganistão como a do Iraque criticam duramente (e com razão) o relativismo moral que tenta contextualizar (e, de certa forma, perdoar) o fundamentalismo islâmico terrorista invocando circunstâncias sócio-culturais muito próprias dos países em que se foi desenvolvendo.

Argumentam assim: há valores ético-políticos tão acima de tudo que não permitem a invocação de qualquer contexto relativizador da culpa e das responsabilidades (individuais e colectivas). Um indivíduo (ou um regime) só é aceitável se perfilhar o ideal democrático (e tudo o que ele implica, como o primado da lei). Tudo o resto merece ser combatido (até pelas armas).

O que me espanta, nestes mesmos, é que o seu anti-relativismo moral deixa de se aplicar quando se lhes fala em Guantánamo. Temos aqui uma situação em que centenas de suspeitos foram transportados para um estabelecimento prisional (e até aí tudo bem, é natural numa guerra que se façam prisioneiros). Só que foram transportados e depois lá deixados, à margem de qualquer processo, sem culpa formada nem assistência judiciária (que teve de se impor pela pressão de ONGs como a Reprieve), sujeitos aos chamados "métodos agressivos" de interrogatório (isto é: torturados), etc, etc, etc. E isto durante, pelo menos, seis anos. E o respeito absoluto pelo "primado da lei"?

Estes não compreendem uma evidência: ou se é anti-relativista sempre ou não se é nunca. O anti-relativismo não é (digamos assim) relativo.
|| JPH, 11:13 || link || (5) comments |