Soube da notícia sábado, quando viajava de carro. Surpreendeu-me!
Imagino Pepe Carvalho, agora que vem aí o Inverno, queimando livros na sua casa de Barcelona. Biscuter está a cozinhar, relatando a receita em voz alta, uma sopa com
tocino,
chorizo negro e
patata. Charo, a mulher das esquinas das Ramblas e do coração de Pepe, sobe sorrateiramente as escadas inclinadas. O telefone toca e não é outro caso estranho, uma morte criminosa travestida de acidente.
É do aeroporto de Banquecoque. O corpo de D. Manuel cansou-se. Morreu.
Pepe Carvalho olhou, incrédulo, para Charo. Sem derramarem uma lágrima. Biscuter assumou à porta da cozinha. Olharam-se. O desejo de D. Manuel consumou-se.
«Gostaria que Pepe Carvalho me sobrevivesse».
Manuel Vázquez Montalbán
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2017.6.19