Arnold Schwarzenegger gabou-se de ter feito uma campanha – na corrida para governador – com muitos convites para
talk shows. Assim, diz, são portunidades sem filtros. Os chatos dos jornalistas, presume-se. (li isto no Público de sábado).
Oportunidades... "sem filtro"
ESTA FRASE sobre o sucesso da campanha de Arnold Schwarzenegger para governador da Califórnia, que passou pela participação do actor em inúmeros "talk-shows", diz tudo (ou quase tudo) sobre os tempos que se avizinham. E também sobre o reduzido papel dos jornalistas nesses tempos. Chamo a vossa atenção para a expressão "unfiltered opportunities" ["oportunidades sem filtro"]: "'Fugimos dos 'media' estabelecidos', disse Sean Walsh, co-director de comunicações da campanha de Schwarzenegger. 'Fomos à procura dos verdadeiros meios de comunicação de massas. Não pedimos desculpa por termos feito muita rádio e televisão. Isso deu-nos 5, 7, 8 minutos de oportunidades sem filtro para fazer passar a nossa mensagem. Fizemo-lo porque podíamos'".
Já imaginaram o que será se a moda pega em Portugal?
Uau! Já estou a ver a campanha presidencial do dr. Pedro Santana Lopes a arrancar, manhã cedinho, às 7 horas, no «Bom Dia Portugal» para fazer a leitura dos jornais do dia Seguia-se uma passagem pela «Praça da Alegria», ao lado de Merche Romero e Jorge Gabriel, para uma entrevista intimista? E à tarde a mesma Merche Romero recebe, no seu «Portugal no Coração», o eng.º António Guterres. Claro que o eng.º também fará uma
perninha no «70x7», da RTP-2, futuro canal da sociedade civil... Já imaginaram? Espantoso!
Pensando bem, és engenhoso, Arnie. Como Robocop, ninguém dava nada por ti, ó pázinho! Regista a ideia.