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sexta-feira, outubro 17

Polícia de costumes 2

Não acho que o Paulo Gorjão, do Bloguitica Nacional, defenda que os jornalistas devam ser polícias de costumes. Mas o Guerra e Pas, claramente, fá-lo.
Paulo Gorjão afirma que um discurso moralizador sobre a vida privada deve ser consequente: uma mulher que abortou e vota contra o referendo sobre o aborto deve ser "denunciada" e um político homossexual perseguidor de homossexuais também. Eu percebo. Mas, como diz o Francisco, no Aviz, abrir a porta à devassa da vida íntima traz riscos incalculáveis. Como se avalia a homossexualidade do dito político? Através de fontes fidedignas presentes no quarto no momento da consumação sexual?
Em toda a matéria que envolve a vida íntima, confesso a minha mais profunda repugnância à sua "publicidade". Nessa matéria, estou mais próxima do que escreve o NMP, do Mar Salgado, que defende, como opção radical, o direito dos políticos e das pessoas em geral em mentirem sobre a sua vida íntima. O limite deverá apenas e exclusivamente ser balizado pelo Código Penal.
Para fazer o escrutínio da política através do domínio irracional que, por definição, é a vida íntima, não contem comigo.
|| asl, 13:14

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