O hipermercado em que forneço tem uma bela peixaria. Apetitosa. Limpinha. Oferta variada. Serviço bem educado e competente. Um coisa irrestível.
Acontece que o gerente daquela "superfície" deve ter instrucções para fazer o máximo de dinheiro no mínimo de tempo. Portanto, a peixaria funciona com um número de funcionários abaixo das necessidades. Como toda a gente (eu incluído) pede que lhes amanhem os peixinhos, e as senhoras peixeiras o fazem competentemente, o tempo de atendimento é prolongado. Formam-se enormes bichas.
Resultado: aquela peixaria perdeu um cliente
(moi). Não há pachorra. Suspeito que, pelas mesmas razões, tenha perdido muitos outros. O gerente vê confirmada a sua vontade de não empregar mais ninguém. Gestão científica, como se vê. O moço vai longe.
Por mim, passei a recorrer às pequenas peixarias do lugarejo onde moro. Conclusão: a atitude do gerente da "grande superfície" acaba por dinamizar o o pequeno comércio local. Isto só pode ser intencional. O moço é um génio. Agrada ao patrão e fica de bem com a sua consciência.
Viva a iniciativa privada, viva!
PS - Em relação ao post intitulado "Abaixo o Estado",
PBM (cujo regresso saúdo, embora tardiamente, e por isso mil perdões) faz duas rectificações: o Trim-Trim-Dói-Dói chama-se, na verdade, Dói-Dói-Trim-Trim. Além do mais, não é um serviço inteiramente estatal: "
É uma joint-venture entre o Estado e a privadíssima Médis" em que "
o Estado dá a massaroca e a Médis trata do resto". Posto isto reafirmo: o serviço funciona bastante bem. E grátis (enfim, paga-se a chamada telefónica, acho eu). Portanto, não me importo nada que o Estado dê "
a massaroca". É para isso que pago impostos. Quer dizer: para isto vale a pena pagar impostos.