A Pachecal figura (o Luiz Pacheco, portanto) está de volta! Ainda bem.
Regressou numa entrevista ao
DN, na quarta-feira. A avaliar pelas respostas, está na mesma.
Duas ou três coisas a reter.
a) promete um novo livro, 200 páginas de um
Diário Remendado, de memórias;
b) agora vive em Lisboa;
c) continua com um humor ácido e para isso basta ler algumas «pérolas» que a seguir se reproduzem.
Agustina [Bessa-Luís] é a figura essencial na ficção, não tem parceiro. Ao pé dela, falar do Saramago é como falar do cão... A Agustina é ímpar a retratar os meios ligados ao poder e ao dinheiro.
(...)
O Eduardo Lourenço (...) já está um bocado gagá, mas foi muito importante. A Heterodoxia é um grande livro, que mudou a minha cabeça: tão contundente, tão extraordinário, tinha umas coisas de filosofia que, naquele momento, nem sequer consegui acompanhar.
(...)
[Eduardo Prado Coelho] é um tipo muito esperto, usa a inteligência para navegar. É muito antipático para mim, não gosto dele nem da maneira como escreve, mas não escreve mal.
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As pessoas também têm prazo de validade, é a memória, é tudo...
Apesar das falhas de memória, ainda vive de memórias?
A desfazerem-se!... Mas ainda é o que me vale.