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domingo, fevereiro 8

E ele a dar-lhe…(II)

E depois de Abril de 74? Bem, fieis a si mesmo os “founding fathers” do CDS votaram, de facto, contra a tal Constituição que “imbecilmente desejava e profetizava uma sociedade socialista”. Voto minoritário e irrelevante mas a culpa é do burro do povo que nunca percebeu a extraordinária importância do CDS na vida política nacional, conferindo-lhe, por exemplo, 66 por cento dos votos, o suficiente para fazerem a Constituição sozinhos – e em vez de termos uma Lei Fundamental “socialista” tínhamos uma Lei Fundamental apregoando um Estado confessional e seguidor da “doutrina social da Igreja”. Cambada de cretinos, os do povo, é o que é! Razão tinha o Salazar, que votava por eles todos e assunto resolvido.

Aliás, há mais, ainda sobre os fundadores do CDS. Toda a gente sabe que foram eles – e não o dr. Soares – quem na verdade batalhou pela integração de Portugal na CEE. O dr. Soares, cata-vento, limitou-se a atracar oportunisticamente a este movimento e, de caminho, conseguiu enganar o povo todo e ser eleito primeiro-ministro a tempo de ser ele a aparecer na fotografia a assinar o tratado de adesão.
E, antes da adesão, em Novembro de 1975, também foram os adrianos e os freitas e os pires e os amaros das costas que enfrentaram a possibilidade, aparentemente real, de o PCP tomar as rédeas do poder – o dr. Soares, como de costume, andava a passear por Paris e limitou-se a enganar o mundo inteiro e reclamar para si o mérito. E aqui, mais uma vez injustamente, a história voltou a enganar-se e a não registar a extraordinária obra do CDS, a quem todos tanto devemos.

A história “oficial” não regista isto nem regista outros factos relevantes, ainda com o devido destaque, como por exemplo o tal papel “criminoso” de Soares na descolonização portuguesa. Eu até sei, posso garanti-lo, que Soares foi protagonista desta descolonização como de outras igualmente criminosas (vistas hoje, à distância). Por exemplo, as feitas pelos ingleses em territórios como o Iraque, Afeganistão, Índia (Paquistão, Caxemira…), Palestina. Ou não foi assim, VLX?
|| JPH, 15:51

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