O mundo da política nacional conheço-o eu relativamente bem: as pessoas, os tiques, as paixões, os carácteres, os projectos, as ambições, os ódios, as fidelidades, as cambalhotas, etc, etc, etc. Conheço bem, como espectador privilegiado, por via da minha profissão.
Já não posso dizer o mesmo do mundo da bola. Deste sou só espectador: pelo que vejo, pelo que leio, pelo que oiço e por conversas ocasionais com camaradas jornalistas especializados na matéria - os quais (os que conheço) me merecem o máximo respeito.
Feitas estas ressalvas gostava de dizer uma coisa definitiva: a mim nunca me hão-de apanhar a acompanhar jornalisticamente os futebóis. Quem me quiser ver pelas costas é só pedir-me para o fazer.
Ambos os mundos têm momentos bons e momentos maus. Dos bons não vale a pena falar - são bons e pronto. Nos maus é que sinto a diferença. A diferença entre o mundo da política e o mundo do futebol é a diferença entre o enjôo e o vómito. Respectivamente.