A identidade "blogger" é uma coisa muito gira:
Isadora falava-me há bocado de um amigo blogger que ela conhece que, entre o blogue a redacção, muda de personalidade. Isadora quis ser Isadora para ter uma identidade "blogger" autónoma, que não se confundisse com o resto que não cabe na sua muito "cosy" paragem de autocarro. Acho que fez bem: como dizia o outro (o Barthes, numa frase "amável", incluída na sua "Lição"), o mundo perfeito seria aquele onde fossem possíveis tantas as linguagens quanto os desejos, mas a sociedade não está pronta para perceber que exista mais do que um desejo. Nós não escolhemos o "pseudónimo", mas, pela minha parte, às vezes tenho pena.