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sexta-feira, fevereiro 27

Uma polémica, até qu'enfim

A questão da caldeirada está a gerar uma certa controvérsia na blogosfera. Que eu tenha notado, o Blog de Esquerda (BdE) e o Núcleo Duro entraram na conversa.

Felipe Moura, do BdE, pergunta-me: "A caldeirada não precisará de mais algum tempero? Que tal um copinho de vinho branco? E uns coentros?" E remata: "Por outro lado incluir gambas numa caldeirada parece-me notavelmente burguês.".
Resposta: não sou fã do vinho branco nas caldeiradas. Gosto daquilo a saber a peixe e azeite e ao resto, nada mais. Pela mesma razão desaprovo os coentros. Mas, note-se, não sou fundamentalista na matéria. Se me vier parar ao prato uma caldeirada assim temperada não digo que não. Mas prefiro a minha, sinceramente. É muito saborosa. Quanto ao "burguês", confirmo. Sou, absolutamente. Devo dizer, no entanto, que não costumo introduzir as gambas na caldeirada. O que interessa mesmo é o caldo da cozedura.

O "Ernesto", do Núcleo Duro, também dos ofereceu o privilégio da sua opinião. É talvez um pouco extensa demais. Mas, sintetizando, o moço - um esquerdalho não assumido - que os produtos se devem comprar em mercados e não em "grandes superfícies". Eu discordo. Por várias razões sou um adorador de "grandes superfícies". E o lado pouco higiénico dos mercados preocupa-me.
O Ernesto afirmou-se ainda contra os coentros mas, em alternativa, sugeriu algo que me é verdadeiramente intragável: poejos. São uma erva perigosíssima por causa do seu sabor ultra-forte. Dispenso. Depois teoriza sobre a grossura das batatas, no que terá a sua razão.

Espero mais contributos. Obrigado. Boa tarde.
|| JPH, 17:18

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