Glória Fácil...

...para Ana Sá Lopes (asl), Nuno Simas (ns) e João Pedro Henriques (JPH). Sobre tudo.[Correio para gfacil@gmail.com]

terça-feira, março 23

Esquerda - A separação das águas (best of)

O post abaixo mereceu vários comentários, na blogosfera e por mail. Selecionei apenas os críticos. Ei-los, sintetizados.

1. "O Sheikh Ahmed Yassin era um criminoso? Seria. Isso legitima a pura e simples eliminação do indívuduo? Não. Ou defende o senhor em causa que um homicida pode ser fisicamente eliminado pelo Estado sem julgamento? Ou mesmo com ele? Convenhamos, se um palestinanao decidisse eliminar Sharon e se defendesse dizendo "Não foi um acto de terrorismo de Estado - foi um acto de guerra. Um acto de guerra eficaz, porque pela liderança se debilitam exércitos." o que diria João Pedro Henriques?" In Irreflexões

2. "Está tudo trocado? Diz o meu caro João Pedro Henriques, do Glória Fácil, que o assassinato do líder do Hamas «não foi um acto de terrorismo de Estado – foi um acto de guerra». E diz mais: foi «um acto de guerra eficaz, porque pela liderança se debilitam exércitos.» Estou confuso. Se o que ali se vive é uma guerra, se o Hamas é um exército, estará o João Pedro a defender que os atentados bombistas são actos militares? Que os suicidas são soldados? E que tal aplicar a estes novos “soldados” , quando capturados, o estatuto de prisioneiro de guerra? E, sendo assim, seria então Ahmed Yassin um líder político de um dos lados? E, continuando nesta lógica, passaríamos a considerar o assassinato de líderes políticos com “exércitos” a seu cargo como “actos de guerra” admissíveis? Se sim, o assassinato de Sharon, um homem que já ordenou por várias vezes a morte de inocentes e o bombardeamento de alvos civis, também seria um acto de guerra aceitável? E o de Arafat? Tento apenas seguir o tortuoso raciocínio do João Pedro Henriques. Para mim, Ahmed Yassin não é um líder político com um exército que está em guerra. A última vez que ouvi falar de uma Autoridade Palestiniana, o seu líder era outro. É que eu ainda faço alguma distinção entre guerra e terrorismo, entre militares e terroristas e entre Estados e grupos terroristas. E até acho que uma das coisas que os distingue é que os Estados devem comportar-se como tal, seguindo algumas regras ditadas pelo direito. Mas isto sou eu, que sou um bota-de-elástico." Daniel Oliveira in Barnabé

3. "Um pouco de veneno antes de me deitar (...) Eu já sabia que o João Pedro Henriques do Glória Fácil não era lá grande coisa a escrever. Agora constato que ele nem sequer ler sabe. O meu comentário à morte do líder do Hamas não exprimia qualquer espécie de compaixão para com o homem. Limitava-se a sublinhar o aterrador simbolismo que envolveu a sua morte: o facto de se tratar de um inválido de cadeira de rodas faz dele o mártir por excelência, a execução tem lugar à porta de uma mesquita e os disparos partem de um helicóptero de fabrico norte-americano. Quem não percebe isto é mesmo muito limitado. Pedro Oliveira in Barnabé

4. "O BLOGUE E O JORNAL Confesso que me irritam um bocado os jornalistas que usam os seus blogues para se “desforrarem” dos seus jornais, isto é, para aí escreverem o que não escrevem no seu trabalho. Não é, ou pelo menos não era, esse o estilo da Glória Fácil. Há geralmente uma preocupação de separar o jornal do blogue. Mas não se pode admitir que um jornalista tenha uma opinião no blogue, sobre um assunto de tamanha importância, que não seja visível no jornal. Principalmente se for um jornalista da secção política, e de política se tratar. É uma questão de honestidade básica para com o leitor. O João Pedro Henriques obedece a estes requisitos e até já tem escrito artigos de fundo no jornal onde trabalha. Mas preferiu atacar directamente o Pedro Oliveira (e indirectamente todo o Barnabé e o Blogue de Esquerda) escrevendo no blogue. Ora, opiniões como as que levaram a tal ataque têm sido expressas ao longo de vários anos nas páginas do Público por diversos autores, com destaque para Vital Moreira e Miguel Sousa Tavares. Por que não escreve o João Pedro um artigo sobre essa esquerda burra no Público? O director nem se deveria importar nada. Ou será que o João gosta muito de polémicas (conforme não se cansa de nos recordar), mas só na blogosfera?" Filipe Moura in Blogue de Esquerda

4. "Caro " inteligente" que pena tenho de não estarmos no tempo do nazismo???!!! Ou do Salazar!!! A arrasar os seus inimigos de "héli" ou à metralhadora!! Contra os seus inimigos da direita!!! Que grande valentia !! Deve ser só a escrever gostava de o ver no meio de uma " guerra" como diz ou numa revolta, seria o primeiro a esconder a cabeça porque o resto nem cabia no buraco!!! A sua democracia é de deitar fora e ninguém chegar ao pé porque cheira péssimamente. Sr. Pedro Henriques que tristeza é o Senhor!!!"
Isabel Maria Pimentel, via mail

PS 1: Filipe Moura escreveu ainda um outro comentário em que, à minha boleia, destila sobre o António Ribeiro Ferreira, ex-director adjunto do DN (e meu parceiro de gigantescas discussões no Snob). Diriga-se ao próprio que eu não tenho procuração para o defender.

PS 2: Dentro em breve, a resposta.
|| JPH, 15:52

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