Sheikh Ahmed Yassin, líder do Hamas, foi assassinado, o que não me provoca um segundo que seja de angústia ou pena ou lamento ou o que quer que seja. Dizem que era um "inválido de cadeira de rodas" e que que foi "abatido" por tiros disparados "de um helicóptero Apache".
Sabendo que é também possível que um "inválido de cadeiras de rodas" abater um "helicóptero Apache", não me parece grave.
O que me provoca angústia é a esquerda burra (*) que mora no
Barnabé (apesar dos esforços de sensatez do Daniel Oliveira).
Porque, obviamente, no assassinato do chefe do Hamas não há o assassinato de um inocente. Era tudo menos "inocente", o senhor Yassin. Não foi um acto de terrorismo de Estado - foi um acto de guerra. Um acto de guerra eficaz, porque pela liderança se debilitam exércitos.
Convinha, por isso, uma separação de águas, à esquerda: não quero a companhia de quem lamenta o "assassinato" do senhor Yassin. A "esquerda" que tem pena do tal líder do Hamas porque andava de "cadeira de rodas" não tem autoridade nenhuma para andar a apanhar boleias da vitória do PSOE. Essa esquerda dá mau nome à decisão espanhola.
(*) - Referência ao texto "
Mais um passo na direcção do choque das civilizações, cortesia de Israel", de Pedro Oliveira