1. Eu não devia comentar o PÚBLICO no Glória Fácil. Vou passar a dominar a minha impulsividade e deixar de escrever directamente para o “blogger”. Microsoft Word forever.
2. Tive um arroubo de brutalidade com o Daniel, que até deixou o JPH, o nosso bruto de serviço, espantado. Ao perguntar ao Daniel “Quando o PÚBLICO nasceu tu já sabias ler?” era uma piada à idade dele, que, de resto, não teria o melhor dos gostos. Eu achava que o Daniel, mais novo do que eu, era muito muito mais novo do que eu. Como sofro do síndrome de Matusalém, convenci-me que o Daniel era (ou é) um ‘miúdo’. Não é. Já percebi que também já tem alguns anos.
3. À minha brutalidade, o Daniel respondeu com contenção e simpatia. Não é costume na blogosfera ou na vida. A gerência agradece.
3. Considero ofensivo o Daniel dizer que o PÚBLICO é uma “sombra” do que foi. A palavra “sombra” é sobrecarregada e hostil. Mas, repito, reagi com um ímpeto desnecessário, nomeadamente para quem tenta separar o PÚBLICO do Glória Fácil.
4. O Daniel tem todo o direito de dizer o que lhe apetecer sobre o PÚBLICO, como toda a gente, aliás. Penso que a ideia do PÚBLICO inicial é mitificada, porque o seu nascimento foi uma revolução, uma paixão, como todas mitificável. Mas a todos os nostálgicos recomendo as curas, a que eu própria de vez em quando procedo – por exemplo, consulto o Centro de Documentação do PÚBLICO, para onde remeto todos os que se quiserem dar ao trabalho de comparar. Uma sombra?