Nunca ninguém te compreende, mais ao Outono. Desprezam-te as bondades, estão sempre aflitos para se verem livres de ti. Neste dia, em que as hordas saem para a rua em odes à Primavera, comunico-te que continuarei a render-te homenagem, mais às tuas adoráveis idiossincracias. Não sou, confesso, insensível ao prolongamento da luz nem aos vestidos floridos, mas não entrarei em euforias excessivas, com o declarado objectivo de te retirar qualquer espécie de qualidade. Gosto de ti, sempre gostei de ti, nunca deixarei de gostar. Veneradora e obrigada, despeço-me.