É de Wislawa Szymborska este poema, no livrinho de
papel acetinado, editado pela Cavalo de Ferro, "Alguns gostam de poesia".
Nada duas vezes
Duas vezes nada acontece
nem acontecerá. E assim sendo,
nascemos sem prática
e sem rotina vamos morrendo. (...)
Os dias não podem ser repetidos
não há duas noites iguais
não há dois beijos parecidos,
não se troca o mesmo olhar
Ontem o teu nome
em voz alta pronunciado
foi como se uma rosa
me tivessem atirado