Está datado de 1652 e exposto num museu de Viena.
Rembrandt pintou vários auto-retratos, mas há um que é verdadeiramente monumental — grandioso não apenas pelo tamanho da tela, como também pela imagem que nos cerca.
Rembrandt tem, nesta altura, quase 50 anos. Surge diante de nós com as mãos nas ancas, os ombros descaídos, um olhar sério e inquiridor. Veste um jaquetão que parece prestes a desfazer-se, não se sabe bem porque a luz, essa, projecta-se quase exclusivamente sobre a sua face. É neste rosto (gosto muito daquele nariz batatudo) que se concentra tudo: porque ali está toda a sobriedade, toda a serenidade que eu nunca conseguirei alcançar.
Gostaria de ir a Viena. Só para poder vê-lo de perto.