Este fim de semana, em entrevista ao “Diário de Notícias”, Arnaldo de Matos, ex-líder do MRPP (e, nessa qualidade, ex-grande educador da classe operária) declarou, solene: “
A esquerda é uma merda.”
A afirmação, própria de quase todas as pessoas que há 30 anos foram da extrema-esquerda, tem uma virtualidade: recupera para o léxico político algo que já não víamos há muito: a “
merda”.
Este é o pretexto ideal para o Glória Fácil dar a conhecer toda a “
merda” que, após uma exaustiva investigação (
aqui) de aproxidamente cinco minutos, encontramos no debate parlamentar da III República (a actual). Senão vejamos:
Data: 20 NOV 1975
O Sr. Presidente: -
Tem a palavra o Sr. Deputado Américo Duarte.
O Sr. Alfredo Cortês (PS): -
Ó Américo tem juízo, olha o patrão Cunhal ...
O Sr. Américo Duarte (UDP): -
Nestes últimos dias deram-se grandes acontecimentos.
A greve dos trabalhadores e operários da construção civil contra os salários de fome e a vida de miséria que atingiu cerca de 90 % de adesões em todo o País.
A forte e combativa manifestação popular que no domingo passado se realizou em Lisboa, apesar de os traidores cunhalista se tentarem aproveitar da energia revolucionária das massas populares para exigirem mais uns quantos ministérios.
Estas duas grandes lutas demonstram bem qual é o descontentamento popular face às contínuas e crescentes provocações do VI Governo Provisório.
O povo trabalhador de Portugal cada vez mais começa a perceber o carácter deste Governo.
Este Governo já não faz só leis antigreve, leis anti-informação como os anteriores; este Governo já não acusa apenas os revolucionários o os trabalhadores em luta de fazerem o jogo à reacção como todos os anteriores.
Este Governo é pior que isto tudo.
Este Governo declarou guerra ao povo!
(…)
Se há alguma coisa de inovador, é vermos um primeiro-ministro mandar à merda dezenas e dezenas de milhares de trabalhadores.
Uma voz: -
Também lá estavas!
O Sr. Barbosa Gonçalves (PPD): -
0 que é que querias que ele dissesse quando tu e os teus lhe chamaram ditador, Pinochet e fascista?
A intervenção, que causou grande agitação no plenário, acabou com manifestações nas galerias. A seguir foi dada a palavra a Mota Pinto. Dentro em breve, mais "
merda".
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