Aqui há dias, no inicío de uma polémica com Vasco Rato (VR), escrevi: "A boçalidade argumentativa permite ainda aos seus autores manterem uma razoável dose de alheamento face a uma realidade no terreno que lhes é profundamente desconfortável porque, entre outros factores, sabem ser bastante responsáveis por ela."
Agora o que me interessa não é nem VR (que esteve muito bem na questão das torturas no Iraque, defendendo que Rumsfeld se devia demitir), nem a "boçalidade argumentativa" mas sim o problema do "alheamento da realidade" que, cada vez mais se sente nos defensores da invasão do Iraque.
Quando se vê que a resposta à questão das torturas passa, na parte mais volumosas dos argumentos, por invocar:
a) actos alegadamente praticados
pelo Maj. Tomé em 1975;
b)
a prática da tortura em várias ditaduras;
c) a
selectividade da indignação jornalística face a vários conflitos por esse mundo fora (Iraque, Cuba, Zimbabwe, Turquemenistão, Bangladesh, China, Eritreia, Haiti, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Rússia;
d) etc, etc, etc
percebe-se claramente que a lógica argumentativa entrou num esquema de permanente fuga para a frente - isto é, fuga da realidade. O objectivo, obviamente, é nunca debater. Isto já só anda, com conversas destas, no campo do tiroteio e nada mais. Em juridiquês isto tem um nome: litigância de má-fé.
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