Na segunda-feira, ao atravessar um lugar habitual - o Campo Grande - a uma hora habitual - ainda não eram seis da tarde - apanho pela frente um grupo alegre e cantante de patriotas suecos. Eu estava com muita pressa e os alegres patriotas, gritando irreproduzíveis cantorias, pisavam ovos. Na emergência de os ultrapassar (à direita, a estrada; à esquerda, prédios) não havia alternativa se não a de abrir caminho por entre a turbazinha aparentemente afável.
E, de súbito, um "flashback" - um "flashback" poderoso, que se impôs na violência da memória intacta.
No quintal da minha avó havia um campo de milho, um enorme campo de milho. Só quem na infância brincou num campo de milho conhece a vertigem: o gigantismo do milho provoca num miúdo a ilusão de que desbrava a floresta amazónica. Mas não se tem medo, as folhas são doces, flexíveis, cedem sem dificuldade.
E então, ao ultrapassar o grupo de patriotas suecos, o meu metro e setenta irrompeu no campo de milho. Gigantes, calorosos, com braços flexíveis que cederam sem dificuldade quando os afastei para abrir caminho, o grupo patriótico, transformado em "flashback",que é como quem diz em milho, deu-me imensa vontade de rir.
Quando, mais à noite, a Suécia ganhou por 5 a 0 à Bulgária, fiquei contente. Por mim, mereciam.
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