Ontem de manhã, subo as escadas do Palácio Foz, e vejo um jornalista, na antecâmara do salão nobre. Topo logo que é um jornalista da imprensa escrita: mesmo que não tivesse reparado no bloco que tinha nas mãos (havia ainda os óculos e a mala a tiracolo), seria fácil ver que não foi ali para ouvir os maçons do Grande Oriente Lusitano. Até porque não usava o conjunto (cinzento) fato e gravata.
O jornalista vai tirando algumas notas, deambula entre o salão e a varanda do pátio interior do Palácio, fuma um cigarro, observa as pessoas que vão entrando. Aguarda-se a chegada de Santana Lopes. Da varanda, pergunto-lhe se a conferência já começou. Acena que não. Agradeço. Chega o presidente da câmara de Lisboa e agora é a vez de ele me perguntar as horas, que anota no seu caderninho. Depois, cada um vai ao seu trabalho. Volto a vê-lo à porta do Palácio Foz, vou eu dentro de um táxi a caminho da redacção.
Hoje, chego ao jornal, começo a ler o Diário de Notícias e fico espantada: então não é que estive com o Nuno sem saber que ele era o Nuno?! Telefono à Ana, para contar o episódio. Ela ri. Telefono ao João Pedro. Ele diz que estas coisas só me acontecem a mim…