Quando se tem uma dúvida grave, complicada, daquelas que nos tira o sono e o apetite, há sempre um caminho: o do bom senso. É uma luzinha interior, íntima, muito trémula e difícil de se descortinar - mas está lá, é só saber olhar com atenção, em silêncio, de preferência no escuro, solitariamente.
O bom senso funciona para decisões individuais de consequências quase só individuais (divórcios, mudanças de emprego, coisas desse género). No caso do Presidente, que vai anunciar algo que afecta um país inteiro, o bom senso tem, também, outro nome: senso comum. É fácil de ver, neste caso, onde está o melhor senso comum. Há muito que a solução foi inventada: chama-se democracia -
demo-cracia, o poder do povo.