Oh, os SMS mudaram-nos a língua, felizmente: o português é façanhudo, incapaz tantas vezes, ao contrário do inglês e do espanhol, da subtileza, do intervalo entre dois termos absolutos.
Não conheço, e gostava, nenhum texto de semiólogo sobre as mudanças que os SMS têm vindo a fazer na linguagem – e na vida.
Pela primeira vez, ontem mandaram-me sdds. Não saudades, não a saudade, aquela coisa de todo o cais ser uma de pedra, blá,blá,blá. Simplesmente sdds. Atrás das sdds, há um riso. Eu love (sim, love) quem não contém o riso (contendo o esquecimento). Também tenho sdds, vou matar sdds.