Para mim Paris é um contra-torpedeiro gelado, os Champs Elysées uma alameda penosa e há ruas a mais. O meu Paris é reduzido: uns croissants, o vinho e a comida na protecção do ar condicionado das "brasseries". Sim, há harmonia no Quartier Latin, mas eu não era capaz de escrever sobre Paris e muito menos "meter" uma história de amor ou desencontro em Paris. O meu Paris é uma tragicomédia com frio a mais. O meu Paris é o dos Três Mosqueteiros e o do Noventa e Três, no papel e bastava. Fui a Paris quando não devia ter ido a Paris e não penso voltar. Paris fica a milhas da delicadeza de Estrasburgo e o cenário mais amoroso que eu conheço é o da ilha Terceira (e o do Faial). Por este intróito percebe-se que a história não é minha, é do F.F.
- E o que faço eu a esta história?
- O que quiseres.
- Então meto-a no blogue.
(Um blogue também serve de armazém de recados ou memórias ou divertimentos)
- Mas a história é verdadeira?
- Posso-a ter inventado agora.
F.F. sempre gostou de falar com uns mistérios, as mulheres acham-lhe graça. (Desde Bogart que ficou escrito que seria assim)
Oh, este post já está longo. É uma responsabilidade escrever uma história que não é minha. Vou fumar outro cigarro.