Foi gentilmente interpelado por dois luíses: o
Louis du Malle e o
o Luís Insubmisso.
Primeiro, porque a idade é um posto, vamos ao Mal. Tema: Aborto. Sim, Luís, concordo consigo e com o seu mal-estar por viver num país de bufos e de polícias/magistrados que perdem tempo (e dinheiro) a investigar abortos em vez desse aplicar esse tempo (e dinheiro) na investigação do que conta (droga, colarinhos brancos, etc). Pretendi apenas responder ao barnabaico Rui Tavares, que sugeriu à juiza (e ela ouviu?) que "contornasse a lei" e tomasse uma decisão "política" que absolvesse a arguída. Lamento, mas não pode fazê-lo. Juiz julga segundo a lei e as provas. Mais nada. E quanto à lei, já disse, no
farol o que tinha a dizer: a esquerda que ganhe as eleições e mude a lei.
E agora tu, insubmisso Luís. Sim, sou de esquerda (já o escrevi no blogue, queria até pôr a uma imagem da minha Bússola Política mas não consegui). Estou posicionado mais ou menos no centro do quadrante inferior esquerdo. E sim, já me queixei do PR, tanto aqui como no farol. E sim, aceitarei as legislativas de 2006, até porque neste país (o nosso) ainda não aconteceu (que eu saiba) ninguém ser eleito com menos votos do que o adversário (o Bush, há quatro anos, lembras-te?). Quanto ao resto, diverte-me o foguetório da direita lusa (não toda, note-se) com a vitória (desta vez inteiramente legítima) do Bush Júnior. Não consigo deixar de pensar que é a compensação que resta do facto de cá, na terrinha, não só não ganharem nada como não terem perspectivas disso.