Um dia, nos Açores, comi uma pratada de megabalanus azoricus (cracas). Não gostei. Passar horas a tirar macacos do nariz a pedras do mar (bela imagem, hão-de concordar) não obedece ao meu conceito de tempo bem passado. Determinei: nunca mais! Venham as lapas, os cavacos e o lírio grelhado.
Ora bem, regressemos ao Darwin. O homem escreveu dois valentes calhamaços só sobre megabalanus azoricus. No fim daquilo já as vomitava por todo o lado. Se bem entendi, o velho mestre sustentou grande parte da sua teoria da evolução das espécies nas ditas megabalanus.
Um problema de sexo, claro (é sempre, não é?). Parece que o Darwin descobriu que as megabalanus estavam a perder a sua capacidade reprodutiva pelo sistema hermafrodita e, em simultâneo, a desenvolver um sistema heterossexual mais eficaz. Evolução da espécie, estão a ver. A seguir escreveu - e muito bem - a "Origem das Espécies".
Eu não sabia desta história das cracas. Ganhei outro respeito pelos admiráveis moluscos. Um grande respeito, uma coisa que não tem tamanho. Portanto decidi: quando regressar às ilhas, voltarei a tentar. Em homenagem ao Darwin e de preferência assim (cortesia Net Menu):
Ingredientes:
1 kg de megabalanus azoricus
sal
3 hastes de salsa
2 vagens de piripiri
6 dentes de alho
1 c.(dc) de grãos de pimenta branca
Preparação:
Lave as megabalanus azoricus em água corrente. Leve ao lume um tacho grande com água e, quando ferver, tempere com sal e junte a salsa, o piripiri, os alhos pisados com algumas peles e a pimenta em grão. Adicione as megabalanus escorridas e deixe ferver durante 40 minutos. Retire-as do caldo com uma escumadeira e sirva como entrada.
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