Glória Fácil...

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quarta-feira, janeiro 5

Livraria Buchholz

Via A Revolta das Palavras, de José António Barreiros, somos informados de que a livraria Buchholz está em pré-falência. A ser verdade, é mau.

Os liberais do costume terão a (preguiçosa) explicação habitual: o mercado é assim mesmo, azar. Pois, mas não vou por aí. Essa discussão não me interessa. Nem me interessam matérias acessórias, como a questão do preço dos livros ou do sufoco que é para muitos viver dos livros (da escrita à venda final, passando pela edição), ou ainda ladaínha chatissima da trágica iliteracia nacional. Tudo isso é verdade - mas não é, perante este caso, prioritário.

O prioritário é que se faça alguma coisa. Embora isto possa parecer muito lírico, se calhar a blogosfera é o meio ideal para mobilizar vontades para resolver o problema.

Evidentemente não espero (nem peço) nenhuma ajuda estatal - pelo contrário, até agradeço que não metam os untos neste assunto.

Parece-me é que os amantes dos livros que frequentam a blogosfera (os famosos, os menos famosos e os anónimos), juntos com os editores mais a SPA e até as organizações dos jornalistas (sindicato, clube) poderiam, em conjunto com os proprietários do espaço, tentar perceber a origem do problema e estabelecer uma terapia.

Isto, é claro, a não ser que se esteja tudo nas tintas. Por mim não estou. As livrarias estão a ficar todas iguais (o caso limite são as Bertrand, que quase nada acrescentam em relação a um banal hipermercado). Livrarias como a Buchholz fazem falta a Lisboa e fazem falta ao país. Por mim farei o que me for possível. Para já deixo aqui este 'post'.
|| JPH, 16:06

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