A Igreja Católica enfrentou o Holocausto tendo como chefe máximo o Papa Pio XII. O seu consulado foi, no mínimo, muito controverso. Muitas organizações judias alegam, com fundamento, que Pio XII nada fez para proteger os judeus, muito pelo contrário (podem começar a investigação por
aqui).
Ontem ouvi na rádio o teor da mensagem que o Papa João Paulo II emitiu a propósito a libertação de Auschwitz. Para me esclarecer melhor, tive também o cuidado de a ler
no site do Vaticano.
Infelizmente, do que li e ouvi da mensagem, faltou-me o principal: que o Papa João Paulo II reconhecesse que a Igreja Católica não pode voltar a ter perante actos como o Holocausto posturas dúbias (no mínimo) como as que teve no consulado de Pio XII. E que por isso deve desculpas aos judeus.
PS - Admito que, em ocasiões anteriores, o Papa até tenha pedido desculpas aos judeus pela conduta do chefe do Vaticano durante a II Guerra. Admito - mas não tenho a certeza e falta-me tempo para averiguar se isso é ou não verdade. Seja como for, se já o tinha feito, nada perderia em ter voltado a fazê-lo. Era o dia certo para o fazer. Só isso.