na vanity fair de maio, um dos kennedys que sobram, o robert f. jr, num excerto de um livro a sair (crimes against nature) faz, sob o título 'the disinformation society', um libelo contra aquilo que em termos mediáticos está a suceder na américa -- a forma como, diz ele, a maioria dos media 'passam' o catecismo da direita, que chegaria a ser cozinhado numa reunião semanal para ser difundido país fora, via cronistas, comentadores e talk show hosts arregimentados, a maioria, assevera, de direita (onde é que já vimos isto?).
diz o robert f. kennedy que, ao contrário do que passa como verdade, os media não são 'progressistas' mas 'conservadores', e essa será, para ele, a razão pela qual, num gigantesco esforço propagandístico, se cozinhou a vitória de bush.
uma verdadeira teoria da constipação. mas quando ele dá o exemplo lewinsky, e de como com um caso extra-conjugal se discutiu o impeachment de clinton, alegando que mentira, quando as mentiras de bush relacionadas com as armas de destruição maciça do iraque passaram de fininho, confesso que parei para pensar.
para pensar, sobretudo, por que motivo nunca me ocorrera a comparação.
f.