Talvez o problema da educação sexual nas escolas se resolvesse se o decálogo do
Miguel Vale de Almeida fosse de distribuição obrigatória. Depois, idealmente, haveria um médico ou um biólogo com quem se podiam tirar de vez em quando umas dúvidas. Quanto ao resto, é capaz de não ser preciso haver muita conversa. Numa aula de liceu, também
preferia não o fazer (pronto, f. responde lá a este meu conservadorismo atávico minhoto e granítico)
Decálogo de educação sexual.
1. Os rapazes e as raparigas têm os mesmos direitos e deveres, são capazes das mesmas coisas e não há coisas de rapazes e coisas de raparigas.
2. O sexo é natural e bom.
3. Masturbar-se é normal.
4. Há quem se sinta mais atraído por pessoas de sexo diferente.
5. Há quem se sinta mais atraído por pessoas do mesmo sexo.
6. Ninguém tem o direito de fazer sexo connosco se não quisermos.
7. Não temos o direito de fazer sexo com alguém que não queira.
8. Há como evitar a gravidez. É assim: ...
9. Há como evitar doenças sexualmente transmissíveis. É assim: ...
10. Ninguém tem o direito de nos assustar em relação ao sexo, de dizer que é feio ou mau, que só serve para ter filhos, e tão-pouco que é a coisa mais importante do mundo.
Ide e sede felizes.