Isto das minúsculas, para começar (dois dias depois, é certo, mas juro que não estive a pensar nisso - estava sem internet). Sempre embirrei com maiúsculas e sobretudo com textos carregados de maiúsculas, de vénias e reverências. Não percebo porque é que país há-de ser com caixa alta, ou ministro, ou presidente. Ou governo. Nomes próprios, de sítios e pessoas, ainda vá. Mas cargos, conceitos, denominações gerais de instituições? Sabe-me a livros da quarta classe, àqueles livros da quarta classe em que tudo - família, pátria, padre, fé - era com maiúscula. Tanta maiúscula dá-me dor de costas de tanto curvar a cerviz.
Pode-se dizer muito sobre alguém pelas maiúsculas que escolhe ou não pôr num texto. Quem escreve num jornal, porém, é na maior parte das vezes coagido a seguir 'o estilo'. O estilo que, por exemplo, quer obrigar um ateu ou um agnóstico a curvar-se perante deus com d grande. Ou a pôr p grande em papa, quando mullah ou ayatollah vão corridos a minúsculas (mas não o dalai lama, porque é simpático). E pronto, chega: daqui a nada ainda começo a falar do discurso de Jorge Sampaio no 25 de Abril e na 'eminência reverentíssima' com que mimoseou o cardeal Policarpo. Em maiúsculas, presume-se.
f.
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