desculpem lá (sim, é a minha quinta ou sexta posta seguida, mas pronto, devo estar com problemas): estive agora a ouvir o marcelo sobre o diferendo bagão/constâncio. e vai o 'professor' e diz que 'ficou mal' ao bagão vir agora dizer aquilo.
ficou mal. tipo: ó pá, foste um pedaço infeliz, e quê.
quer dizer. o dr (será professor?) bagão felix foi ministro das finanças até março. em agosto, um mês ou menos depois de tomar posse, foi a um conselho de ministros em évora onde, diz ele, apresentou um cálculo do défice de 6,4%. mas, diz ele, os colegas de governo, com a ilustre excepção, disse o dn, de três ministros, acharam que não se devia dizer aquilo ao país. e vai o bagão e faz uma comunicação ao pais, com o primeiro-ministro (santana lopes), em que diz que o défice é 3% (ou coisa parecida, falha-me a memória) e que a situação permite pensar que há uma retoma, e não sei quê. e vai o primeiro-ministro e diz que quer aumentar os funcionários públicos e baixar os impostos.
primeiro tivemos o dr santana lopes a exigir a vitor constâncio que faça as contas do défice que ele, santana, herdou em 2004.
e agora vem o dr bagão, muito emproado, de lápis muito afiadinho na mão, desfazer nas contas de vítor constâncio, dizer que é um disparate calcular um défice às centésimas e que isto dos 6,8% não é novidade nenhuma e que, basicamente, vitor constâncio é um farsante.
não faço a menor ideia se vitor constâncio sabia ou não da extensão do défice antes de fevereiro. e, a crer no facto de, sendo do ps, procurar através da sua actuação enquanto governador favorecer o ps, não sei que propósitos políticos teria o seu silêncio em relação a um défice resultante de dois anos de governo de durão barroso e na altura da tomada de posse de um governo de santana lopes. se há dúvidas, investigue-se.
mas há uma coisa que é clara e indesmentível, assumida aliás com incrível e nunca vista desfaçatez por bagão felix: o governo de santana mentiu ao país sobre a situação económica com todos os dentes, pivots e dentaduras que por lá havia. bagão mentiu e santana mentiu e mentiram os outros todos.
é sobre isso que eu gostava de ouvir explicações, e não sobre a porcaria das centésimas do cálculo do banco de portugal.
e, já agora, era disso que gostava de ver consequências.
a não ser que mentir ao país sobre uma matéria como as finanças públicas entre na categoria das ofensas menores -- ou, para os que se dizem católicos como bagão e santana, dos pecados irrelevantes -- apagável com umas indulgências e umas palmadas nas costas, tipo, para a próxima fazes melhor, pá.
f.
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