A mais gloriosa história do jornalismo do século XX remete-nos para algumas verdades essenciais que aqui, na nossa mesquinha paróquia, passamos o tempo a esquecer.
Por exemplo, que o que interessa sempre, o que interessa mais do que tudo, não é discutir o recurso (ou não) a fontes confidenciais. É, antes do mais, discutir se as histórias que se contam são ou não verdadeiras. Isso sim é que conta: relatar histórias verdadeiras. Se as fontes são confidenciais ou não é secundário, o que interessa é se contam a verdade.
Tudo o mais - discussões e mais discussões sobre o uso (ou não) de fontes anónimas - surge apenas com um instrumento de algo sinistro: impedir que se faça jornalismo a sério, jornalismo não oficioso, jornalismo que ultrapassa o poder de quem prefere que não se faça jornalismo.