Agora há pouco, no "Herman SIC", tocaram uma das canções da minha vida. O ar lavado do conjunto António Mafra, no fundo um precursor de Manuel João Vieira, dá-me uma nostalgia
abrupta.
SETE E PICO
No Baile da D. Ester
Feito a semana passada
Foram dar com o Chaufer
A dançar com a criada
Dizia-lhe ela baixinho
Na prise és bestial
Eram pr'aí sete e pico
Oito e coisa nove e tal
Eram pr'aí sete e pico
Oito e coisa nove e tal
A D. Inês sequiosa
Não resistiu ao Wiski
E pra se tornar famosa
Quis ir dançar o twist
Ao dar um jeito partiu-se
A cluna vertebral
Eram pr'aí sete e pico
Oito e coisa nove e tal
Eram pr'aí sete e pico
Oito e coisa nove e tal
O D. José de Vicente
Que é de S. Pedro da Cova
Pra mostrar que ainda é valente
Foi dançar a Bossa nova
Escorregou no soalho
Caiu, foi pro hospital
Eram pr'aí sete e pico
Oito e coisa nove e tal
Eram pr'aí sete e pico
Oito e coisa nove e tal
Quando o serviço abundante
No baile se iniciou
O D. Grilo num instante
A alface devorou
Diz-lhe a Locas ao ouvido
Pareces um animal
Eram pr'aí sete e pico
Oito e coisa nove e tal
Eram pr'aí sete e pico
Oito e coisa nove e tal
Faltou a luz e gerou-se
A confusão natural
E a Locas encontrou-se
Nos braços do Amaral
Logo esta grita aflita:
Acendam o castiçal!
Eram pr'aí sete e pico
Oito e coisa nove e tal
Eram pr'aí sete e pico
Oito e coisa nove e tal