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sexta-feira, julho 15

O cão que mordeu o telemóvel

O cão mordeu-me o telemóvel. Fui encontrá-lo (ao telemóvel) escondido num bocado de relva de onde saía o toque "oldphonering", o trrimtriim antigo. Aquilo ainda toca, atende e faz chamadas, mas perdeu uma data de "funcionalidades" - tudo o que precise de ecrã, que agora é azul eléctrico com uma abóbada violeta e uma ligeira estria amarela. Sobra um centímetro normal. O telemóvel, já em razoável mau estado pelas vezes que caiu ao chão, tem agora dentadas caninas muito visíveis junto às teclas.
A questão é que já não posso ler sms. De certa forma, de há 24 horas para cá, tem sido uma delícia tentar decifrar apenas um centímetro de mensagem. "Luz" (ontem ao fim da tarde) "um dia" (meia-hora depois) "Portugal" (hoje de manhã) e "jantar Bairro Alto" (ao meio da tarde). Tentei explicar a alguns interlocutores que não conseguia ler sms, telefonando. Mas a ideia de falar, em vez de escrever, foi em alguns casos razoavelmente aterradora. Não é claro que se escreva no ecrã do telemóvel para poupar dinheiro, em substituição da fala - os adictos sabem que muitas vezes é só para inventar outra coisa qualquer.
|| asl, 23:06

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