Cães de guarda, portanto. É isso que o Paulo pretende. Na resposta, David Justino, do Quarta República,
tirou-me todas as palavras da boca. Segundo escreveu, a ideia "
parece assim reconfigurar-se em direcção a uma profusão de “mini-brothers” sedentos de denúncia e imaginando-se como guardiães de uma moral pública em acelerada degradação". E isto sendo ainda mais preocupante "
quando alguns desses guardiães se manifestam sob a capa do anonimato, permitindo-lhes vasculhar, acusar, lançar suspeições, escrever as maiores barbaridades, sem que daí decorra o normal e saudável exercício da responsabilidade cívica e em alguns casos criminal". Em suma, é preciso ter sempre em conta que "
a blogosfera é também, infelizmente, um extenso rol de casos de propagação de boatos, de lançamento de graves suspeições e de acusações muitas delas infundadas. Nela encontramos as expressões dos sentimentos mais mesquinhos, da ignorância militante e arrogante dos que se julgam tão conhecedores de tudo e mais alguma coisa".
Esta guerra faço eu minha, também. Aliás, já tinha aqui escrito uma coisa semelhante,
num post de 6 de Maio passado.
Acrescento agora: há-de sempre haver alguém (no plural ou no singular) disponível para usar com as piores intenções possíveis toda informação (a errada mas também a verdadeira) que contra uns e outros for aqui despejada. Estarei a fazer filmes? Talvez. Mas a verdade é que sigo há muito tempo, e sem razões para mudar de ideias, uma versão pessoal da velha lei de Murphy: tudo o que pode correr mal corre certamente pior.