Glória Fácil...

...para Ana Sá Lopes (asl), Nuno Simas (ns) e João Pedro Henriques (JPH). Sobre tudo.[Correio para gfacil@gmail.com]

segunda-feira, outubro 10

A ler

Duas pessoas que sabem do que falam:

1.Pedro Magalhães faz a análise das sondagens, aqui e aqui, além de vários rescaldos concelhios (Lisboa, Porto, Oeiras, etc). Num dos seus vários textos Magalhães conta uma "história curiosa": "Ontem [domingo, dia de eleições], durante o dia, recebi relatos de locais de voto em Oeiras onde os inquiridores da Católica eram insistentemente assediados por indivíduos que se ofereciam para votar na sondagem, rondando as equipas durante toda a tarde. Eram, segundo os relatos, apoiantes de Isaltino Morais. Apesar dos cuidados em evitar "amostras voluntárias", a sobrestimação geral da margem de vitória em todas as sondagens pode ter a ver com este, chamemos-lhe assim, "excesso de entusiasmo". Talvez esta história ilustre bem uma outra conclusão do politólogo: "É inescapável: as sondagens pré-eleitorais telefónicas foram mais precisas que as sondagens com simulação de voto. É certo que o caso do Porto desmente isto, mas os de Sintra e Faro recolocam o problema. Mais certo será dizer: não parece haver hoje quaisquer garantias de que, pelo menos nos grandes centros urbanos, a simulação de voto constitua uma vantagem metodológica."

2.Paulo Pedroso faz a análise partidária, aqui e aqui. Tomei nota de uma frase do ex-número dois de Ferro Rodrigues sobre as eleições na capital: "Em Lisboa, o PSD conseguiu tudo o que queria: distanciou Carmona de Santana Lopes e ganhou a Câmara sem o CDS. O PS, o PCP e o BE só podem queixar-se de si próprios. Mas o PS tem responsabilidades especiais: descartou uma coligação que seria vencedora por pura arrogância, defendida militantemente pela estrutura local e consentida pela direcção nacional e pelo candidato por ela entronisado desde a campanha para as legislativas."
|| JPH, 17:51

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