Glória Fácil...

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terça-feira, outubro 11

quinjustiça

estivemos aqui a ver a lista da short list para o nobel da literatura (que tem cerca de 25 nomes) e nada de jas.

é incrível.

bem sei que ele disse, numa entrevista ao próprio do espesso, que ia ser só com o próximo (terceiro) romance, mas mesmo assim.

é incrível, incrível, incrível.

há para lá gente de que nunca ninguém ouviu falar, e o director (ex, prontoS) do 'maior' (certamente o mais volumoso) semanário português não tem direito a nem uma mençãozinha??????????

ninguém percebe uma coisa destas. até mete nojo. uma nojeca. não me conformo.

só por causa disso, atrevo-me a citar o saudoso fora do mundo, onde se postou isto:

"Saraiva, na entrevista citada, diz que pensa ganhar o Nobel da Literatura. Tem sido muito gozado por causa dessa frase. Mas convenhamos: os suecos são capazes de tudo. E até já vimos piorzinho.

Jardim Colonial é um decalque de situações conhecidas do mundo dos media, e nisso não aquenta nem arrefenta.

O mais surpreendente é o modo como o inibido Saraiva trata a temática sexual. Há mesmo uma cena de sexo numa cubata, prova que Saraiva conhece as questões levantadas pelos «gender studies» e pelos estudos pós-coloniais, sendo que os funde num único episódio, aliás rematado com notável lirismo: «Nélson passou um braço por cima dos ombros de Filomena, aconchegou-a, e com a outra mão começou a fazer-lhe festas nas pernas, primeiro em baixo e depois cada vez mais acima até lhe tocar com as pontas dos dedos nas virilhas. Ela não se mexia: parecia paralisada. Ele meteu-lhe os dedos por baixo das cuecas, sentiu [atenção Academia Sueca] uma camada de pêlo duro e encaracolado, ficou com as borbulhas do sangue a escaldar, quis ir mais fundo» (pág. 137). Também eu queria muita coisa.

Depois, a páginas 189, há um momento inolvidável:«Óscar largou o Diário de Notícias e abriu o caderno de emprego do Expresso. «Não há dúvida de que o Expresso é um bom jornal – pensou – mas não é nada cómodo; estas páginas enormes cheias de anúncios não dão jeito nenhum». Isto, meus amigos, é ficção e da boa. Só na ficção, e na ficção mais genial, é que alguém acha o Expresso um bom jornal. [P.M.]"


ehehehehehehehe. é lindo
|| f., 20:20

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