...é, sem dúvida, o afastamento de Manuela Moura Guedes do Jornal Nacional da TVI. O jornalismo televisivo - que condiciona decisivamente a imagem do jornalismo no seu todo - fica a ganhar, e muito. A senhora introduziu na sua apresentação do principal telejornal da TVI a (mal) chamada "editorialização" das notícias. Ou seja, comentava-as. Como o fazia numa estação que, muito legitimamente, faz das audiências o seu ganha pão, as suas opiniões só podiam ir no sentido em que iam: no do populismo mais rasca, espécie de Bulhão-chic em prime time. Tudo isto contaminado por uma evidente necessidade de ajustar contas com o seu próprio passado, ou seja, com a sua (felizmente) mal sucedida passagem pela política activa. Há quem ache que isto é o futuro e eu nem dúvido que seja. Mas não o alimento. Nem colaboro.
Por isso digo, sem receio nenhum: se a entrada da Prisa em Portugal implicar a eliminação daquele jornalismo, então que mil Prisas floresçam por aí.