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quinta-feira, janeiro 5

A maldição



Parece haver de facto uma grande maldição, uma enorme maldição, ensombrando permanentemente a paz israelo-palestiniana. É sempre assim. E sempre no pior momento possível.
Primeiro foi Rabin. Quando tudo se preparava para ver reforçada a sua liderança de Israel, um jovem radical israelita assassina-o. Inevitavelmente, as coisas acabaram por andar para trás.
Agora é Ariel Sharon. Uma hemorragia cerebral devastadora tira-o de cena. Está entre a vida e a morte - e mesmo que sobreviva dificilmente se imagina que possa regressar à política activa. Tudo indicava que Sharon seria o vencedor das próximas eleições, à frente do seu partido, o Kadima, que criou há semanas em ruptura com o belicista Likud, para quem a retirada de Gaza foi imperdoável.
Agora a situação complica-se tremendamente. Já se especula sobre a hipótese de adiar as eleições. Sobreviverá o Kadima à ausência de Sharon? No campo da paz, que alternativas se poderão afirmar? E Shimon Perez, ainda faz parte do xadrez? Dizem-me os especialistas que não.

Terá de ser sempre assim?

PS. Como muitos outros protagonistas da política israelita, Sharon não teve um percurso linear. Veja-se, por exemplo, o curto perfil que hoje sai no PÚBLICO (pág. 18). Sharon foi talvez o principal autor da vitória esmagadora de Israel na guerra do Yom Kipur (1973). Mas em 1983 foi considerado indirectamente responsável pelo massacre de centenas de refugiados palestinianos em campos do Líbano, ao abrir-lhes as portas a milícias cristãs libanesas. E em 2000, ao visitar o Pátio das Mesquitas, em Jerusalém, deu espaço à segunda Intifada palestiniana. Combateu a revolta com tudo o que podia. Os falcões de todo o mundo adoraram-no por isso - e só a muito custo engoliram o elefante da retirada de Gaza.
Mas a certa altura mudou. Tenho por mim - opinião modestamente pessoal - que o click foi a morte de Arafat e o facto de os moderados terem conquistado força na OLP, facto para o qual Sharon também contribuiu, com a eficaz política de assassinato selectivo de líderes terroristas, como o sheik Yassin (algo que na altura considerei militarmente legítimo).
Sharon pertence à geração fundadora do Estado de Israel. E, como Rabin, é um general que não se fechou no seu tanque, disparando a torto e a direito, imune à existência de interlocutores válidos do outro lado. Estava no bom caminho - para desgosto dos falcões de um e doutro lado, esses sim verdadeiros amigos dos terroristas.
|| JPH, 11:19

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