Aqui há tempos, animados por uma controversa dança de cadeiras nos teatros nacionais, centenas de "agentes culturais" mobilizaram-se num enérgico abaixo-assinado pedindo a demissão da ministra da Cultura. Estavam no seu direito, claro. O que me encanita, agora, é que face a
declarações de um outro ministro, Freitas do Amaral, que representam um ataque governamental directo à liberdade de criação, os senhores e senhoras "agentes culturais" não revelem um décimo da energia que revelaram face à ministra Pires de Lima. Não me surpreende, muito francamente. Na "cultura", as prioridades são o que são.