hoje é segunda-feira. há uma semana a gis talvez ainda existisse na cave daquela construção embargada no porto. talvez o grupo de jovens que a matou tenha saído à rua como nos dias anteriores, com mais umas maldades engenhosas em mente, a caminho do seu espantoso passatempo (e há quem fale em 'crime inconsciente'? agora também há torturas 'inconscientes' de pessoas que duram dias? a sério?).
não sabemos quase nada ainda daquilo a que chamamos factos e é possível que nunca saibamos nada daquilo a que chamamos causas (para além do óbvio, e o óbvio é o que é, por mais que se queira negá-lo ou ludibriá-lo).
mas não é cedo para a indignação.
nem para a fúria: não me venham dizer com que é que me posso enfurecer e com que é que não me posso enfurecer.
e não me venham dizer que é normal que ainda não tenha sido mostrada, na tv ou nos jornais (que eu tenha visto, ressalvo) a cara desta mulher que morreu. não é preciso explicar que a exibição de um rosto é uma estratégia básica de humanização e identificação -- e que a sua recusa é uma estratégia básica de abolição.
queremos assim tanto que isto não tenha acontecido que negamos um rosto à vítima? queremos assim tanto esquecer aquilo que supostamente ainda não sabemos?
kobe shoes
toms outlet
michael kors bags
pandora jewelry
canada goose jackets uk
nike blazer low
louboutin
cheap jordans
louis vuitton handbags
20161222caiyan