E a "banda" a vê-lo passar, ao chefe do partido. A "banda" mais não fez nos últimos meses que não seja minar a liderança. A "banda" tenta fazer-nos esquecer que perdeu um congresso impossível de perder - o que só por si revela uma incompetência muito para além do razoável.
Mesmo assim, como não leva a sério o seu próprio partido - "sem emenda" - a "banda" recusa-se a aceitar os resultados desse congresso. Passou assim à luta armada, que na política se faz intrigando contra o chefe 48 horas por dia. Tem palco (e audiência) para isso, na Assembleia da República.
Só que o chefe eleito é tudo menos parvo. Agora encostou-os à parede. Falem agora ou calem-se para sempre - é o que diz a decisão de convocar um congresso antecipado. A "banda", previsivelmente, faltará. É o que
ameaça, pelo menos. Já se viu porquê: órgãos eleitos no partido fazem-lhes confusão.
A "banda" preferiria, portanto, que o chefe eleito se deixasse refogar em lume brando, sem estrebuchar, docilmente. Leva-lhe a mal não se preste a tal serviço. Censuram-lhe que, com o golpe do congresso extraordinário, o chefe eleito tenha esticado o seu prazo de vida de 2007 para 2008. Azar. Mas foram eles, os da "banda", que lhe deram os argumentos para isso. Evidentemente, a "banda" nunca se calará, em circunstância alguma. O que dará ao chefe eleito pretexto para a erradicar das listas de candidatos a deputados, em 2009. E, depois das eleições, a responsabilizá-la (com alguma razão) por um eventual desaire eleitoral.
(À margem, o verdadeiro chefe da "banda" passeia o seu alegado "sentido de Estado", quinzenalmente, num programinha irrelevante de um canal da TV Cabo, transmitido tarde e más horas. É notório, nos disparates da "banda", que lhes falta o aconselhamento do respectivo e verdadeiro chefe. Este não gasta os seus fulgurantes neurónios com outra pessoa que não a sua própria. Lá saberá porquê.)