Directas. Olhando a história recente, as directas serviram ao PS, em 1994 (um ano antes das legislativas), como uma forma de credibilização do partido perante a opinião pública. E serviram ao "novo" António Guterres e a sua terceira via portuguesa. Era o "novo" PS contra o "velho" PSD simbolizado por Cavaco Silva, agora eleito Presidente (irónico, não é?). Era uma reforma no partido, uma vontade de abertura e transparência. Para eleitor ver e ajudar a ganhar eleições. É certo que semelhante vontade reformista não aplicou depois Guterres ao país, acabando por demitir-se quando sentiu que os pés começavam a enterrar-se num pântano. Político. Mas isso já é outra história.