andam praí a dizer que eu uso moleskins (e que me gabaria disso, fazendo mesmo questão de o afirmar).
não, nope, sóli.
não sei onde foram buscar a ideia -- há ideias e buscas delas tristemente convencionais -- mas never.
o que eu uso são cadernos da papelaria fernandes. há cerca de 1050 anos. daqueles de capa dura, cinza azulada ou preta, da família dos altos estreitos de contabilidade, mas em tamanho pequeno, rectangular, e sem aquelas linhas verticais encarnadas (também existem com folhas brancas ou pautados).
apanhei a mania de um jornalista mais velho há cerca dos tais 1050 anos e nunca mais quis outra coisa. são do melhor que há para reportagem: resistem à humidade e aos puxões, não perdem folhas ao menor mau trato, são óptimos para quando se tem de escrever em pé (quase sempre é preciso escrever em pé) e não se quer ficar com uma tendinite para manter aquilo direito (que é o que acontece com os blocos de notas) e em caso de necessidade podem servir de arma ou escudo (nunca experimentei mas intuo-lhes uma boa performance a esse nível). e arrumam-se lindamente, como livrinhos. tenho prateleiras deles, muito alinhadinhos -- em tempos tinham rótulos, que davam um jeitão para encontrar entrevistas de antanho, mas esse modelo foi descontinuado. agora dá o triplo do trabalho encontrar as coisas.
também há ou havia uns parecidos na papelaria emílio braga, que cheguei a comprar quando -- horror, horror -- a fernandes ficava sem stock, mas cheiravam mal. não sei porquê, devia ser da cola, mas era um pivete insuportável. ainda hoje cheiram mal (os que lá tenho em casa).
qual moleskin qual carapuça. nisto dos cadernos, como em muitas outras coisas -- cães, por exemplo, só de raça portuguesa, do favorito serra de aires ao fabuloso castro laboreiro, mas de preferência sem pulgas nem carraças (há tratamentos para isso) -- sou incuravelmente patriota.
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