Ainda na Atlântico (pág.12) o nosso pequenito Luciano McCarthy do Amaral revolta-se contra o facto de Hollywood só produzir activismo esquerdista (pró-gay, anti-Bush, etc.). E pergunta-nos se não seria "muito mais interessante" que Hollywood fizesse filmes sobre o "gulag" na URSS ou sobre os massacres de Che Guevara?
O nosso pequenito McCarthy do Amaral movimenta-se, pelos vistos, nos territórios das ideias muito-mas-mesmo-muito-simples. À condenação de um activismo limita-se a propor outro, de sinal contrário. Isto é falta de ambição: Luciano McCarthy do Amaral já só se contenta com um jogo de soma nula.
Mas seja: então que Hollywood produza filmes sobre o Gulag e o Che e até - porque não? - Mao Tsé Tung. Sobre o Che, em particular, estou ansioso, visto conhecer pouco da "obra" do homem. Já quanto ao Gulag e a Mao, símbolos de momentos históricos que conheço um pouco melhor, permita-me Luciano McCarthy do Amaral duas sugestões, a bem do activismo que propõe.
No caso da URSS é de evitar aquele episódio escabroso em que Londres - por acordo com Estaline - devolveu a Moscovo centenas de refugiados políticos russos, muitos dos quais se suicidaram pelo caminho, por preferirem a morte às suas próprias mãos do que às mãos do ditador.
Quanto a Mao, convém não dar demasiado a ideia de como a colaboração activa dos EUA lhe foi útil para vencer a guerra contra o Exército Nacionalista de Chang Kai Chek.
Há por aí literatura disponível sobre o assunto, em português e tudo.