Cara Ana,
Tens, à tua frente,
dois homens maiores de 30 anos a trocar cromos. E pedes socorro: "Alguém que apareça e me explique o fenómeno."
Muito bem, eis a explicação. Na nossa civilização (ocidental, judaico-cristã, mas parece-me que também noutras, nomeadamente no Oriente) os homens são todos infantis. Todos. Sem uma única excepção, posso-te garantir. E todos desde que nascem até que morrem. Só há uma diferença entre eles: uns conseguem ganhar dinheiro com isso (o Bill Gates, o Cristiano Ronaldo, o Ricardo Araújo Pereira); outros não (eu).
O que se passa, actualmente, é que o pós-modernismo nos fez sair do armário (por assim dizer). Agora os homens já se importam cada vez menos de assumir a sua infantilidade. Acham até - e disso as mulheres têm culpa - que há um certo charme nessa infantilidade. Tentam converter os defeitos em qualidades e pô-los ao serviço da sedução.
As crianças procedem da mesma maneira. Fazem birras por uma única razão: apetece-lhes. Depois, ao perceberem o pânico adulto, instrumentalizam a coisa. Rentabilizam-na. Compram aos pais carinho, rebuçados, brinquedos e idas ao McDonalds. Com sucesso.
Ficam assim os homens a achar que a receita pode durar para sempre. Devo-te dizer que, nos casos que conheço, com algum sucesso. O pós-modernismo é uma mulher comovendo-se com o choro contido de um homem (forma adulta da infantil birra). Sei (contaram-me) de belas noites sexuais assim conquistadas.
A infantililidade é portanto, acima de tudo, uma manha. Conquanto os homens não mantenham na idade adulta o hábito infantil de não gostar de tomar banho, parece-me que as mulheres (em geral) toleram isto. Venha limpinho e lavadinho, é o que interessa. O resto logo se vê.
Outras das estratégias da infantilização é o humor. Como sabes, hoje em dia as mulheres estão obrigadas a dizer que, no amor com um homem, dão muita importância ao "humor". O
mainstream mediático feminino (vulgo: revistas de gajas) espalharam esta imposição. Uma mulher que diga que o "humor" é secundário ou mesmo irrelevante num homem é vista quase como uma grande chatarrona em potência. Quiçá, lésbica.
Homem que é homem, hoje em dia, tem assim que ter muita laracha; e mulher que é mulher, hoje em dia, tem de se rir imenso das suas graçolas. Gostar disso. Achar mesmo, depois de uma piada bem esgalhada, algo como "ora aqui está um tipo com quem não me importava de coisa e tal".
Ora nós, os homens, estamos muito atentos (mais do que se pensa) à evolução do pensamento feminino. Se o que está a dar é rir, então fazemos rir; se o que está a dar é colecionar cromos, então colecionamos cromos; se o que está a dar é ir jogar
playstation com os amigos, então jogamos
playstation com os amigos. Junta-se o útil ao agradável.
É por nós que o fazemos; quero dizer: é por vocês, mulheres. Encara portanto o "fenómeno"que se passa aí à tua frente como uma homenagem. E desconfia dos homens que não sejam infantis. Algo de terrível lhes deverá assombrar a vida. À cautela, denuncia-o às autoridades.
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