Azeredo Lopes, presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), afirma hoje no DN o seguinte:
1. A ERCS irá analisar o "caso Carrilho".
2. Sublinha, contudo, que a ERC não funciona "
a reboque de casos conjunturais".
Ah não? Então a ERC, que "regula" a Comunicação Social, recusa
funcionar a reboque de "casos conjunturais", que são o território por excelência do jornalismo (aqui e em qualquer parte do mundo)? Só uma perguntinha: a ERC admite emitir então uma qualquer douta opinião sobre o assunto
antes das próximas eleições autárquicas (2009)? Ui, ui, isto promete.
PS1.
Azeredo Lopes diz que a ERC vai pedir à RTP uma cópia do Prós & Contras para analisar o programa. Como? Será que não têm lá uma merda de uma televisão com uma porra de um gravador (vídeo, DVD, o que seja)? Coisinhas destas, pequeninas e ridículas , descredibilizam a "regulação" do jornalismo. Logo, o próprio jornalismo. Logo, eu próprio, que juro não ter culpa absoluta nenhuma nem das pomposidades formais da ERC nem do seu pindériquismo.PS2.
O "caso Carrilho" nasceu no dia 11 de Maio, dia em que foi lançado o seu Sob o signo da verdade. Para esta semana - duas semanas depois - o Sindicato dos Jornalistas promete, em conjunto com o Conselho Deontológico, uma tomada de posição. A mim ninguém me ouviu. Se calhar é normal. Se calhar só precisam de conhecer o livro. Se calhar não acham importante conhecer a campanha propriamente dita por alguém que não o próprio Carrilho. Se calhar é-lhes irrelevante o que no livro é verdadeiro e o que no livro é falso. Aguardemos.