a diana ralha enviou este comentário para o mail do gloria fácil.
'Penso que, da mesma forma que todos os canais de televisão deviam
mostrar, em prime time, para todos verem, em família, no sofá comprado no
Ikea (mesmo que, depois, se fechassem, os olhos em recusa, ou se virasse
a cara, à hora do telejornal, ou que o jantar ficasse todo no prato, ou
que fosse directo do estômago para a pia), a cara de Gisberta (não a
Gisberta de antigamente, a das fotos cedidas pelos familiares que
costumamos ver na imprensa, mas sim, a Gisberta torturada, já sem vida, no
fundo do poço, ou onde raio é que a encontraram), dentro da mesma lógica,
também se devem mostrar todos os inocentes ceifados no conflito do
médio Oriente (sejam elas crianças que morrem no seu sono mais profundo,
quer os velhos sábios, ou mesmo os novos - o que são eles a menos que as
crianças? E, repare, Fernanda, eu já sou mãe, e é fatal como o destino:
a partir do momento em que deixamos de ser um, para nos
desmultiplicarmos por dois ou três, tantos quantos o nosso salário miserável consegue
sustentar com dignidade e sem o patrão nos despedir por estarmos a
garantir a sustentabilidade da segurança social, tudo o que tenha a ver com
maus tratos dos seres pequeninos nos dói a triplicar. Sabe que eu ainda
me vêm as lágrimas aos olhos sempre que oiço o nome "Vanessa"?). Sim,
polaroids, Fernanda, para que todos saibamos, sem bolinha encarnada ao
canto superior direito do ecrã, o que é a natureza do mal; para que
tenhamos a certeza, sem ilusões, que o mundo é um lugar mau. Que sempre foi
e sempre será.'
só uma nota, diana: nem todas as pessoas precisam de ter filhos para se comoverem até às lágrimas com a tortura e a morte das crianças (devo dizer que essa ideia da legitimidade acrescida -- ou lá o que é -- dos pais para se sentirem com o que acontece às crianças me deixa sempre perplexa). tal como não é preciso ser transexual para me comover até às lágrimas com o que aconteceu a gisberta -- antes e depois da sua morte. como não preciso de lhe ver o corpo para isso, também não preciso de ver o das crianças mortas, sejam a vanessa ou as libanesas de quana.
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