Glória Fácil...

...para Ana Sá Lopes (asl), Nuno Simas (ns) e João Pedro Henriques (JPH). Sobre tudo.[Correio para gfacil@gmail.com]

quarta-feira, setembro 20

o sindicato, eu, o jph e os outros

o jph diz que vai mandar o sindicato àquela parte. a razão é a anabela fino, que creio não conhecer a não ser por um texto ou dois que li na blogosfera (um deles citado no caderno de verão pelo nuno ramos de almeida) e que me pareceram, além de enormemente disparatados, bastante insultuosos para a inteligência em geral e para os jornalistas que não concordam com ela em particular, já que basicamente acusa toda a gente que acredita que foi a malta do bin laden a mandar as torres gémeas abaixo de manipulada e comprada (é o que eu leio quando ela escreve que 'obedecem à voz do dono').

sucede, porém, que nada disto é novo para mim (nem devia ser novo para ninguém): em tempos que já vão (mais exactamente há cerca de um ano), o presidente do conselho deontológico do sindicato, por acaso membro de uma organização confessional (onde, suponho, há uma hieraquia e um dever de obediência e lealdade -- mas longe de mim falar em 'vozes de donos'), teve ocasião de fazer publicamente, a meu respeito, versando a minha capacidade de independência e isenção versus as minhas supostas relações pessoais, afirmações que não só eram inaceitáveis do ponto de vista deontológico como insultuosas e que nunca foram publicamente abjuradas. dizia ele que eu, dadas essas alegadas relações, teria de fazer 'prova' da minha capacidade jornalística. provar, presumo eu, lendo pela cartilha de anabela fino, que não obedeço à 'voz do dono'.

exigi, por escrito, ao sindicato e ao conselho deontológico públicas desculpas e retratação em relação a estas afirmações, assim como uma clarificação sobre as novas exigências deontológicas que o sindicato entenderia, pelos vistos, fazer aos jornalistas (considerando, por exemplo, mais importantes e prejudiciais para o desempenho 'impoluto' da sua actividade as suas relações pessoais que, por exemplo, filiações partidárias -- como a que o presidente do sindicato ostenta -- ou pertenças a organizações como a igreja católica, como é o caso do presidente do conselho deontológico) e também sobre quem tem a incumbência de apreciar a actuação do presidente do conselho deontológico quando, no exercício das suas funções enquanto tal e falando como 'autoridade moral dos jornalistas', incorre em faltas deontológicas fixadas no código existente(comentando a vida privada de uma pessoa e lançando suspeitas difamantes sobre as suas capacidades profissionais com base nesses comentários). ainda estou à espera. ou seja, não estou: desvinculei-me do sindicato desde dezembro de 2005.

congratulo-me por haver quem tenha agora chegado às mesmas conclusões, com passagem por nova iorque e pela selva colombiana. lá diz o outro: pimenta no rabo dos outros é refresco.
|| f., 14:47

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